sábado, fevereiro 02, 2008

Eu hei-de escrever-te um rio

Eu sei de um poema
que se fez rio algemado...
de um rio algemado
que rasgou a montanha...
da montanha amarratoda
que se abriu em papel de carta...

eu hei-de escrever-te um rio
que não caiba em carta alguma!

eu hei-de beber-te em poema
que não caiba dentro de mim!



José Magro de Melo (pseudónimo)

Poeta do Poesis

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