domingo, fevereiro 17, 2013

ENDYMION






Por ti lutavam deuses desumanos
E eu vi te numa praia abandonado
À luz, e pelos ventos destroçado,
E os teus membros rolaram nos oceanos.


Sofia de Mello Breyner

-Série Poetas Escolhidos

terça-feira, janeiro 08, 2013



Se não é o 
sonho que dorme
em nós,
porque sonhamos
ter adormecido
em vida?

(do meu último livro "Um Ano Nunca Finda")
««O PORQUÊ ,DE NADA ACONTECER?»»
Nada se alterou
nada se fez diferente
nem mais ,nem menos
tudo igual ficou
ínócuo e transparente
tal como ,o que não vemos .
Nem as metáforas se deram
nem após a noite,veio o dia
para cumprir as promessas
que fizeram
para a terra se evadir
da geografia.
E enquanto,as areias movediças
do poema
regorgitam uma silhueta
branca e esguia
na mudez de mim
algo gritava ,esse fonema.
Porquê,que em tudo
nada acontecia.!
KIMBERLUSA!

segunda-feira, agosto 20, 2012


Do Outro Lado

Esse olhar
não tem nome
apenas reparte
pedaços do dia
escrevendo nas
paredes virtuais
e mesmo assim
perde-se no corpo....

segunda-feira, julho 30, 2012


O Sol Negro

Esse ontem como se hoje na memória,
a cela da prisão tão presa à vida,
e o nó cego da esperança quando a história
calçava uma bota desmedida,

quando o tempo feroz da ditadura
pisava mesmo o sol e o sol negro
espalhava uma luz cuja negrura
se afundava e perdia nesse pego,

esse ontem como se hoje não morreu,
ronda a esquina dos dias qual secreta
e pode desabar do próprio céu
se o passo perde o pé, não está alerta:

(se há mesmo assassinos, tantos, tantos
que são feitos beatos e até santos).

Domingos da Mota

a partir das leituras: do poema "hoje há 28 anos fui preso", de Júlio Saraiva, e da crónica de Manuel António Pina, "Fila à porta do Paraíso", no Jornal de Notícias de 29. 10. 2008

segunda-feira, maio 14, 2012


A Europa, de hoje, em que estamos incluídos vive um drama de proporções enormes, comparáveis de alguma modo ao antes da 2ª Guerra Miundial.
Entalada entre um gigante descendente, os EUA, e um ascendente a China, com uma Rússia, ainda incapaz de assumir um papel importante no mundo, em prol da civilização, cede, à hegemonização Alemã, e dos interesses económicos que circulam por essa zona.
De Comunidade integradora, pode passar a exclusora. E de exclusora a perigosamente, a nacionalista e belicista.
Ao longo da última década a democracia e os direitos humanos, foram sendo postos de lado em favor de uma Comissão burocrática não eleita, aonde a Corrente Alemã ganhou uma preponderância inadmissível, assim como a nova ideologia liberal, ou totalmente liberal, para quem o Estado é um estorvo, e a democracia um instrumento útil.
Europa, que queriam regiões (quais?), tentando anulara as nações (erro!!), Europa Federal ou Económica (como se fosse possível separá-las!!) , de tantos passos em falso, agora caminha para a estigmatização e a abolição.
A Europa terá de ser dos Cidadãos, ou não será. Terá de ser a luz dos direitos e da democracia, depois de duas guerras fraticidas provocadas por extremismos de ordem irracional, ou não será. Terá ser Social ou não será. Terá de ser plual ou não será. Assim Portugal, terá  na Europa o papel do Atlântico ao Indico, a sua história Lusofona, sem medo, mas com claridade...ou não será....

quarta-feira, março 21, 2012

Neste Dia Mundial da Poesia, brindo a ela e a todos vós, com o poema "AQUI", do moçambicano Leite de Vasconcelos, ao qual empresto a minha voz.



Para ver/ouvir clique neste link:


http://www.youtube.com/watch?v=_NeidB2ZJ9E&list=UUE5_MW4e15JebJd44VXewfw&index=1&feature=plcp

Desde já grato pela visualização e possíveis comentários.



Saudações poéticas e amigas.



Eduardo Roseira