quinta-feira, agosto 26, 2010

INICIAÇÃO

O sol em
cada lágrima
requisita o dia
e relembra a
fragilidade da luz.

sábado, agosto 21, 2010

Cá voltamos,

Após uns dias de repouso sem computador ou net.

Estejam atentos ás novidades e notícias do POESIS e de outros acontecimentos, Também passarão por aqui.

E leiam, escrevam, aproveitem o descanso para atalhar a arte!

De Fernando Pessoa

Passam na rua os cortejos
Das pessoas existentes.
Algumas vão ter ensejos,
Outras mudar de fato,
E outras inteligentes.

in Novas Poesias Inéditas (deste baú imenso)

domingo, agosto 01, 2010

A ÉTICA E A MORAL NOS NOSSOS DIAS

Parecerá tema vão ao leitor, tratar com delevo estes temas, que aos antigos prometiam belas peças de profundo de pensamento e de orientação quotidiana para muitas civilizações.

Embora ontologicamente diferentes, ética e moral, no entanto, coincidem, no cerne, a relação do ser humano com o outro e com o que nos rodeia, sob pena da barbárie ou insanidade, só pode ser dominada, por uma forte componente ética e por relação moral.

Ética enquanto valores que regem comportamentos orientam formas de convivência dirigidas para o respeito da dignidade humana. E acrescentamos a partir de outras visões tradicionais (tão actuais), para o respeito da natureza e do cosmos, do qual, a ciência actual nos permite aceder à asserção verdadeira, somos um todo, no qual estamos e está em nós. As particulas elementares, quânticas, envolvidas no inicio da criação universal, estão presentes, das estrelas ao corpo humano, como uma lógica de continuidade, embora alguns lhe denominem acaso.

De todo o modo lonje vai a ideia, ou o pensamento, baseado na ciência de matriz mecanicista, de uma quase separação entre ser humano, como ente dominador do eixo cósmico, e a natureza e a massa cósmica.

De modo que, contrário à vivência quotidiana, que Lipovestky (O Império do Efémero) bem retrata, ou Luc Ferry (O Homem Deus), de profundo indivdualismo, istituindo-se uma cultura hedonista a partir do dominio da tecnologia sobre as relações sociais e as determinações culturais. A tecnologia toma conta deste vasto universo, dominado pelo utilitarismo e pelo facilitismo.

As relações, abandonam a ideia mater de conhecimento do outro, para passarem ao patamar de utilização do outro, mediadas pela máquina, a tecnologia informática, aonde todos os limites éticos são ultrapassados, pela incapaciadade de olharmos nos olhos, o sofrimento ou a glória. A brutralidade relacional, empurra para a barbárie, aonde a ética não tem lugar, é indigna, porque limita, essa fonte seca de liberdade, que se chama a ideologia das máquinas e é nelas que as relações endurecem e se transformam numa enorme célula cancerigena.

Valores difusos, moral confusa. Poderemos retratar assim este tempo, que nos é dado a viver, de profunda transformação e risco.

Há medida que os recursos escasseiam e se fazem sentir intensamente as alterações climáticas adversas, provenientes da ambição humana, da idade industrial, não estamos a ser capazes de construir uma ética associativa, activa, de profundo respeito pela vida, humana e planetária. E confundimos, como na caverna de Platão, a imagem (a cibernética, a informática, a tecnologia), com a realidade imensa dos seres que ainda povoam o planeta.

De uma ética da tragédia, eco-socio-planetária, de uma ética da emergência, é disto que falamos, deste canto do mundo, deste canto do país, deste espaço conferido pela tecnologia...deste dilema só pederemos sair concedendo espaço aos valores mais perenes, da dignidade, respeito e justiça.