segunda-feira, março 31, 2008

POESIS - Em diálogo Transdisciplinar à sua Espera




O Poesis significou para nós, que m 1989 criaram este espaço de poesia e diálogo cultural, Criação Universal!


Com este ideal procuramos motivar ao longo de quase duas dezenas de anos centenas de cidadãos, criadores, promotores, políticos, poetas, estetas, etc, no diálogo vivo, em jornais, revistas, programas, conferências, tertúlias.


Com este ideal editamos dois números da Revista Poesis, um verdadeiro espaço intercultural, transdiciplinar!


Com este ideal, mantemos o blog, onde esperamos pela sua colaboração, como novo diálogo em velho mundo!

segunda-feira, março 24, 2008

Agenda do Clube Literário- até Fim de Março

:: Dia 28 Sexta-feira
Piano-bar
21h30
Universos Paralelos
Poemas Escolhidos por António Domingos.

23h00
Jazz no Clube
Maria João Mendes (voz)
Cláudio Ribeiro (guitarra clássica)

:: Dia 29 Sábado
Auditório
9h30 - 13h00
Seminário
Curso completo de Osteopatia.

14h30 - 19h30
Seminário
Curso completo de Osteopatia.

21h30
Apresentação do livro «Poética do Instante Filosófico»
de Luís Lourenço.

Leituras: Miguel Leitão, Diana Devezas.

23h00
Melodias de Sempre
José Veloso Rito (piano)



:: Dia 30 Domingo
Auditório
9h30 - 13h00
Seminário
Curso completo de Osteopatia.

14h30 - 19h30
Seminário
Curso completo de Osteopatia.


:: Dia 31 Segunda-feira
Auditório
21h30
Conferência
«A Revolução Francesa»
por Prof. Dr. Maia Marques.

Dia Mundial do Teatro



Texto de ROBERT LEPAGE

Homme de théâtre


retirado de todo o mundo é um palco


"Existe um sem número de hipóteses sobre a origem do teatro, mas a que mais me exalta tem a forma de uma fábula:Uma noite, na alvorada dos tempos, um grupo de homens juntaram-se numa pedreira para se aquecerem volta de uma fogueira e para contar histórias. De súbito um deles lembrasse de utilizar a sua sombra para ilustrar a história usando a luz das chamas, ele fez aparecer mas paredes da pedreira personagens maiores que a vida. Os outros, maravilhados, foram reconhecendo por sua vez o forte e o fraco, o opressor e o oprimido, o deus e o mortal.Nos nossos dias, a luz dos projectores substituiu o fogo da lenha inicial, e a maquinaria de cena, os muros da pedreira. E apesar das diferenças para certos puristas, esta fábula lembra-nos que a tecnologia estava na origem do teatro e que ela não deve ser entendida como uma ameaça mas como um elemento unificador.A sobrevivência da arte teatral depende da capacidade de se reinventar, integrando novas ferramentas e novas linguagens.Senão, como o teatro poderia continuar a ser testemunha de grandes assuntos da nossa época e promover o entendimento entre as pessoas, se ele não tiver um espírito de abertura? Como poderia ele se orgulhar de oferecer soluções para os problemas de intolerância, da exclusão e do racismo, se, na sua pratica, resiste a alguma fusão e a toda a integração?Para representar o mundo em toda a sua complexidade, o artista deve trazer formas e ideias novas, e confiar na inteligência do espectador, capaz, ele, de distinguir a silhueta da humanidade no seu perpétuo jogo de luz e sombra.É também verdade se brincarmos com o fogo, podemo-nos queimar, mas podem-nos igualmente fascinar e iluminar."


ver mais:

sexta-feira, março 21, 2008

Dia da Poesia - Do poeta - Do Sonho Mais Alto, mais Alto

NIEMANDSROSE

Hás-de pensar ter encontrado
a rosa, hás-de gritar
esta é a rosa;
à tua volta todos
ouvirão, suspensos,
e, na rosa,
hão-de ver apenas o rumor
da tua boca
incendiada pelo verão.

António Mega Ferreira



UM LIVRO


Um livro escreve-se um vez e outra vez.
Um livro se repete. O mesmo livro.
Sempre. Ou a mesma pergunta. Ou
talvez
o não haver resposta.
Por isso um livro anda à volta sobre si mesmo
um livro o poema a prosa a frase
tensa
a escrita nunca escrita
a que não é senão o ritmo
subterrâneo
o anjo oculto o rio
o demónio azul.

Um livro. Sempre.
Um livro que se escreve e não se escreve
ou se rescreve junto
ao mesmo mar.

Um livro. Navegação por dentro
errância que não chega a nenhuma Ítaca.
Um livro se repete. Um livro
essa pergunta
incognoscível código do ser.

Metáfora de cornos e pés de cabra.
Um livro. Esse buscar
coisa nenhuma.
Ou só o espaço
o grande intermináve espaço em branco
por onde corre o sangue a escrita a vida.
Um livro.

Manuel Alegre