quarta-feira, janeiro 30, 2008

Akhenaton (ainda)


Neferkheperura Waenra Akhenaton - Amenhotep IV
(cerca de 1350 a.C.)



Segundo filho de Amenhotep III com Tiya, o faraó Akhenaton é considerado, por uns, como visionário, revolucionário e idealista; por outros, apenas como herético. Poeta e reformador das artes, a verdade é que ele foi responsável por um dos mais importantes momentos da História do antigo Egito.
É por seu intermédio que pela primeira vez a história da humanidade registra a adoção de um deus único, ou seja, é o primeiro momento conhecido em que o homem adota a figura do monoteísmo. Seu deus Aton era representado fisicamente pelo disco solar.


Fundou uma nova capital, à qual deu o nome de Akhetaton (Horizonte de Aton). Abandona a então capital Tebas, e vai com sua corte habitar a nova cidade-capital, que teve a duração de somente 12 anos aproximadamente.
Akhenaton reinou por cerca de 17 anos, vindo a falecer de forma até agora desconhecida. Embora alguns estudiosos afirmem que sim, até agora não há qualquer dado concreto referente a uma possível descoberta de sua múmia.
Com sua morte, acaba a reforma religiosa, que obteve repercussão no campo artístico e político.


Como conseqüência dessa nova concepção religiosa, o antigo Egito foi palco de uma profunda revolução dos tradicionais cânones artísticos de então, adotando características do realismo e do naturalismo. A partir desse momento, a imagem atlética do faraó é negada, passando então este a ser representado com suas características naturais, às vezes até de forma exagerada, beirando a caricatura. As cenas comuns retratadas referem-se àquelas do seu convívio cotidiano com a família, no palácio ou em adoração ao novo deus Aton.
Casado com Nefertiti, teve seis filhas, sendo que também lhe é atribuída a paternidade de Tutankhaton/Tutankhamon, que seria seu filho com a segunda esposa de nome Kiya.

Egipto: Akhenaton




O Faraó Akhenaton trouxe uma nova concepção de religião monoteísta em louvor a ATON, deus sol e a arte refletiu a nova realidade: as coisas deveriam ser vistas como eram sem convencionalismos.

É desta época também a cabeça da Rainha Nefertiti, esposa do faraó AKhenaton cujo original pode ser visto no Museu de Berlim, Alemanha.

...

é sempre em mim

que os rios vem desaguar.

assim será até ao fim,

até chegarmos ao mar


Eduardo Roseira, in A Colheita Intima

Poesis

sábado, janeiro 19, 2008

Beira





recordo com saudade

o teu corpo rectilíneo

à beira-mar estendido.


recordo o odor

do teu corpo

acácia em flor.


recordo como tu

com teus braços

afagavas como se fosse

um menino...

o macúti...matacuene...

o ponta gêa...o maquinino...


Eduardo Roseira (Poesis, novamente)

in Colheita Íntima, lavra 2003

terça-feira, janeiro 15, 2008

A VIA DA SÍNTESE




Qualquer via é apenas uma via, e não existe afronta para nós ou para outros, em deixá-la, se for isso que o teu coração te disser...Olha para cada caminho atenta e empenhadamente. Experimenta-o tantas vezes quantas achares necessárias. Depois põe a ti próprio, e só a ti próprio, uma questão...Esta via tem alma? Se tem, a via é boa; se não tem, não serve.


Carlos Castaneda, The Teachings of Don Juan
Foto: Álvaro Santos (Um outro POESIS)






É de ouro o primeiro verde da natureza
O matiz mais difícil de conservar.
A primeira folha é como uma flor
Que pouco mais de uma hora vai durar.
Depois, a folha dá lugar à folha.
Assim se malogrou o Paraíso,
Assim se vai da madrugada ao dia
Nada do que é d’ouro pode durar.


Robert Frost
(retirado do livro Os Marginais S.E. Hinton, Circulo de Leitores, 1990)

Fwd: Quartas Mal ditas - Webmail Clix - Msg

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domingo, janeiro 13, 2008

Um Poeta do Poesis



espreito

e olho o rio

há uma ponte

que me chama

para a outra margem.


dentro do meu peito

sinto um vazio

ao olhar para além monte

a saudadepor mim clama

como uma miragem.



in o sorriso de deus


de Eduardo Roseira

Literatura Cntemporânea até 1945

No terreno artístico, o Romantismo, como projecto e movimento que reforma as vias clássicas da Literatura, da arte enfim, não se fina no século XIX, pois os últimos românticos fazem a ponte para a definitiva modernização da Literatura, afastando-a emdefinitivo do classicismo e do barroco.

Em todas as formas ou tentaivas de renovação surgidas noinício do século XX, ponteia o idealismo romântico, nomeadamente, nesse início do século a recusa da realidade, a renúncia a toda a impressão da realidade, uma espécie de auto destrutivo, na perspectiva de uma nova luz.

Disso dão conta os 1ºs movimentos do século XX, o expressionismo e o dadaísmo.

(voltaremos)

Mente, Cosmos e Consciência




A principal característica do universo é a mudança e o movimento.


Até as mais profundas águas do globo estão em constante movimento.


Tudo no universo é cooperação e energia. A energia é essencialmente cooperativa.


O Homem faz parte do todo, nele está inserido e nele influencia.