terça-feira, junho 30, 2009


GALOPE


Las tierras, las tierras, las tierras de España,

las grandes, las solas, desiertas llanuras.

Galopa, caballo cuatralbo,

jinete del pueblo,

al sol y a la luna.


A galopar,

a galopar,

hasta enterrarlos en el mar!


A corazón suenan, resuenan, resuenan

las tierras de España, en las herraduras.

Galopa, jinete del pueblo,

caballo cuatralbo,

caballo de espuma.


A galopar,

a galopar,

hasta enterrarlos en el mar!


Nadie, nadie, nadie, que enfrente no hay nadie;

que es nadie la muerte si va en tu montura.

Galopa, caballo cuatralbo,

jinete del pueblo,

que la tierra es tuya.


¡A galopar, a galopar,

hasta enterrarlos en el mar!

Rafael Alberti

NEDA




em homenagem a um símbolo da luta pelo direitos civis no Irão






Sob um céu

de damascos

perante um

universo de

turbantes a arder

foste primavera

cósmica

fendendo as balas

até morrer.

domingo, junho 28, 2009

ATLÂNTICO





Mar.

Metade da minha alma é feita de maresia.



Sophia de Mello Breyner




Menino das Sete Praias




Salta, salta à beira mar
à beira rio
salta e sonha
que vais a navegar
menino das sete praias.

Salta e perde-te
na espuma da catraia
que navega longe
mão na mão a pensar.
Salta e sonha.

Sonha com o
mar e suas ondas
bandeiras de longínquas
Índias de mitos e desejos.

Salta e sonha
com o Douro fútil
teu tempo
menino da infância
d`ouro de outro mar
sagrado tesouro.

Salta e vai, menino,
às sete praias do mar amar amarra…

da genialidade e da loucura - Michael Jackson para a História do Mundo

segunda-feira, junho 22, 2009



"

Para a Salvação da Democracia
Ora a democracia cometeu, a meu ver, o erro de se inclinar algum tanto para Maquiavel, de ter apenas pluralizado os príncipes e ter constituído em cada um dos cidadãos um aspirante a opressor dos que ao mesmo tempo declarava seus iguais. Ser esmagada pelos condottieri que dispõem das lanças mercenárias ou pela coalizão dos que manejam o boletim de voto é para a consciência o mesmo choque violento e o mesmo intolerável abuso; um tirano das ilhas vale os trinta de Atenas e os milhares de espartanos. Pode ser esta a origem de muita reacção que parece incompreensível; há almas que se entregaram a outros campos porque se sentiam feridas pela prepotência de indivíduos que defendiam atitudes morais só fundadas na utilidade social, na combinação política. E de facto, o que se tem realizado é, quase sempre, um arremedo de democracia sem verdadeira liberdade e sem verdadeira igualdade, exactamente porque se tomou como base do sistema uma relação do homem com o homem e não uma relação do homem com o espírito de Deus. Por outras palavras: para que a democracia se salve e regenere é urgente que se busque assentá-la em fundamentos metafísicos e se procure a origem do poder não nos caprichos e disposições individuais, mas nalguma coisa que os supere e os explique, aprovando-os ou reprovando-os. O indivíduo passaria a ser não a fonte mas o canal necessário ao transporte das águas; nenhuma autoridade sem ele, nenhuma autoridade dele. Seria assim possível sacudir de vez as morais biológicas que nos têm proposto e, construindo um decálogo sobre os princípios divinos, ligar-lhe indissoluvelmente a política com uma simples extensão ou como outro aspecto de uma idêntica actividade. Não vejo outro alicerce senão o entendimento, o que, fazendo do animal a pessoa, ao mesmo tempo se coloca acima do indivíduo e se impõe como norma universal; e as maiorias, assim, só viriam a obrigar quando as suas resoluções coincidissem com a razão e com os fins últimos que a Humanidade se propõe atingir. "
Agostinho da Silva, in 'Diário de Alcestes'

AVALON

Avalon era uma ilha lendária encantada onde "Excalibur", a espada do Rei Artur tinha sido forjada e para onde o próprio rei tinha voltado vitorioso depois da sua última batalha para ser curado de um ferimento mortal.
Em algumas versões, Avalon é regida por Morgana, uma feiticeira e curandeira rodeada de nove donzelas sacerdotisas responsáveis pela cura de Artur, deitado numa cama de ouro. Numa outra versão ela é descrita como sua meia irmã.
Em uma outra versão, o Rei Artur é ferido em combate, e então levado pela Dama do Lago a uma Avalon mística do além, paralela ao mundo real, onde Artur permanece retirado desse mundo, tornando-se para sempre imortal.
Em algumas versões da lenda, ele não resiste à viagem e morre, tendo sido enterrado então em Avalon; em outra versão, ele estaria só dormindo, esperando para voltar num futuro próximo, pois, a ilha seria um refúgio de espíritos, a qual permitiria a ele permanecer vivo por meio das artes mágicas.

[editar] Ynys Wydryn
Na ficção histórica As Crônicas de Artur de Bernard Cornwell, parte da trilogia sobre a saga arturiana, o autor dá um outro nome a Avalon, Ynys Wyndryn, porém ele mesmo também cita Ynys Mon em sua narrativa de ficção histórica, mascarando a verdade da ficção que mistura pesquisa histórica e lenda.
Ynys Wydryn (Ilha do vidro), ou Avalon, era em termos lendários o local onde vivia Merlin juntamente Nimue ou Viviane, que era grã-sacerdotisa, a tia de Arthur (que nunca chega a ser rei), onde era possível utilizar a magia, ou seja, o poder divino dos deuses Antigos.
Avalon, Ynys Wydryn ou Ynys Mon era um lugar de conhecimento sobre os deuses pagãos antigos onde os druidas passavam o conhecimento antigo de geração em geração, era o lugar onde se aprendia o conhecimento da religião antiga o druidismo, sendo Merlin o senhor de Avalon ou Ynys Wydryn, que construíra Tor, uma torre onde vivia e guardava todos os seus memoráveis e quem sabe mágicos tesouros.
A Senhora do Lago é designada como autoridade máxima da ilha, e Arthur era filho do rei Uther Pendragon, que no passado, era seguidor da crença da Deusa, como também a mãe de Arthur, Igraine. Arthur faz um pacto de reacender a crença da Senhora do Lago para que com o passar do tempo ela não se apagasse. No fim de tudo, Ynys Wydryn ganha um papel importante, pois quando Artur foi ferido mortalmente em batalha pelo seu próprio filho Mordred, ele teria sido supostamente levado de barco à ilha por sua meia irmã Morgana ao Lago, para onde através dos poderes que a Deusa havia lhe dado ela poderia retornar. No caminho, ela foi recusada por ter desprezado a Deusa e o único jeito de retornarem à Avalon foi Arthur devolver a Excalibur ao Lago, onde habitava a Deusa. Sua sepultura foi feita em Avalon, na terra de Merlin, Ynys Wydryn, juntamente com o corpo de sua amada Guinevere.

[editar] História x Lendas
Quando, em 1191, os monges do mosteiro de Glastonbury encontraram a suposta sepultura do Rei Artur no cimo de um pequeno monte que dantes se encontrava circundado de água, disseram ser este o local da mítica e pagã Avalon. Na sepultura foram encontrados dois corpos, um de um homem de idade média anormalmente grande (supostamente Artur) e de uma mulher (supostamente Guinevere) e a inscrição no túmulo dizia: "Aqui jaz enterrado na Ilha de Avalon o conhecido Rei Artur".
O mosteiro de Glastonbury tinha a tradição de ter sido fundado por José de Arimateia, que alegadamente tinha trazido o Santo Graal para as Ilhas Britânicas e por isso era um lugar ligado à mística do Graal.
Em quase todas versões o reino da magia e da religião antiga, Avalon ou Ynys Wyndryn é localizada na região de Glanstonbury, Somerset.
A não mitológica Avalon era um cidade ou uma ilha (em algumas opiniões) em que os segredos da religião dos antigos deuses era passado de druida para druida, já que os druidas não podiam escrever seu conhecimento, alguns chamam também esta cidade do conhecimento dos deuses pagãos antigos de Ynys Mon.
Todavia importante ressaltar que Sendo que a Ynys Wydryn real, não é a mesma coisa que Avalon que se situava bem ao norte do antigo reino de Powys no século V.
Obtido em "http://pt.wikipedia.org/wiki/Avalon"
De onde veio Pégaso?




Então, Medusa era uma donzela, orgulhosa de sua beleza, principalmente dos seus cabelos, resolveu disputar o amor de Zeus com Minerva. Esta enraivecida transformou-a em monstro, com cabelos de serpente.

Outra versão diz que Zeus a teria seqüestrado e violado no interior do templo de Minerva e esta mesmo sabendo que Zeus a abandonara, não perdoou tal ofensa, e o fim é o mesmo. Medusa é morta por Perseu, que também foi rejeitado e com sua mãe Danae trancado em uma arca e atirado ao mar, de onde foi resgatado por um pescador que os levou ao rei Polidectes que o criou com sabedoria e bondade.

Quando Perseu ficou homem, Polidectes enviou-o para a trágica missão de destruir Medusa. Para isto receberia o auxílio dos deuses. Usando sandálias aladas pode pairar sobre as górgonas que dormiam. Usando um escudo mágico de metal polido, refletiu a imagem de Medusa como num espelho e decapitou-a com a espada de Hermes. Do pescoço ensangüentado de Medusa saíram dois seres que foram gerados do conúbio com Poseidon. O gigante Crisaor e o cavalo Pégaso. O sangue que escorreu de Medusa foi recolhido por Perseu. Da veia esquerda saia um poderoso veneno, da veia direita um remédio capaz de ressuscitar os mortos. Ironicamente, trazia dentro de si o remédio da vida, mas sempre usou o veneno da morte.

Fonte: www.artpage.com.br/marise/medusa1.html








Deixei de rezar.
Nas paredes
rabiscadas de obscenidades
nenhum santo me escuta.
Deus vive só
e eu sou o único
que toca a sua infinita lágrima.
Deixei de rezar.
Deus está numa outra prisão.


Mia Couto

quinta-feira, junho 18, 2009




A monja nepalesa Ani Chöying Drolma, mundialmente conhecida pela comovente beleza da sua voz e enquanto defensora dos direitos das mulheres, estará entre nós para o lançamento do seu livro A Minha Voz pela Liberdade, na 6ª feira, dia 19, pelas 18.30, no Anf. III da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.

A apresentação será feita pelo Dr. Rui Lopo (União Budista Portuguesa) e pela Drª Alexandra Correia (Grupo de Apoio ao Tibete/União Budista Portuguesa).Organização: Editorial Presença / Projecto "Filosofia e Religião" do Centro de Filosofia da Universidade de Lisboa (coordenado por Carlos João Correia) e do Curso "Filosofia e Estudos Orientais" / Departamento de Filosofia da Universidade de Lisboa (coordenado por Carlos João Correia e Paulo Borges) Apoios: União Budista Portuguesa e Songtsen - Casa da Cultura do TibeteEntrada Livre

àgua do tempo




O sono de

uma rosa é perfeito

feito de púrpura

e jasmim


àgua do tempo

que escorre

para bem

longe de mim.

quarta-feira, junho 17, 2009

Com Essa Nuvem













Para que estrela estás crescendo,


filho, para que estrela matutina?


Diz-me, diz-me ao ouvido,


se é tempo ainda,


eu e essa nuvem, essa nuvem alta,


de irmos contigo.
Eugénio de Andrade

domingo, junho 14, 2009

Tertúlia Poesis de 13 de Julho: Imagens










Por entre cerca de duas dezenas de Tertulianos que se deslocaram a Casa da Cultura de Paranhos, vemos com a sua proverbial barba branca o Dr. Júlio Couto que nos brindou com o seu saber multifacetado sobre o Porto e outrs cousas andaças do mundo.



(as fotos são minhas e reconheço-me como mau fotografo pelo que me desculpem!)



Imagem de outra parte do grupo, animado pelas poesias que na noite foram desenrolando a manta de quem as escreve velando noutras nooites noutros dias.





O Nosso animador Eduardo Roseira em acção!




E a Drª Manuela, da Casa da Cultura, num dos momentos de animação Poética.

segunda-feira, junho 08, 2009




Amigas e amigos,O Grupo Cultural Poesis, vai levar a efeito no próximo Sábado dia 13 de Junho, pelas 21 horas e 30 minutos, na Casa daCultura de Paranhos, (ao Campolindo), no Porto, a Tertúlia Cultural Poesis.Desta feita o Convidado é o Dr. Júlio Couto, com quem vamos colocar a conversa em dia. Tragam os vossos poemas/textos e presenteiem-nos com a vossa agradável companhia e tragam mais um amigo para tertuliar connosco, neste dia de Santo António, já a pensar no nosso S.João.Abraço.


eduardo roseira

domingo, junho 07, 2009

Um espirito tão ao jeito da identidade do POESIS

Trocou a Química pela ópera mas acredita que há muito em comum entre a arte e o espírito científico. A cantora lírica Carla Caramujo, uma das protagonistas no elenco da nova produção de Don Giovanni, em cena no Teatro Nacional de São Carlos (TNSC), é a convidada de Carlos Vaz Marques, ao fim da tarde desta Segunda-feira.”

Para ouvir em directo através da internet http://tsf.sapo.pt/PaginaInicial/EmDirecto.aspx Segunda-feira dia 8 Junho às 19h10m

sábado, junho 06, 2009

"Os Portugueses poderão ir para um Quinto Império se decidirem, em primeiro lugar, não serem imperadores. Este é o ponto essencial da questão. Paradoxalmente só haverá um Quinto Império se não existir um quinto imperador... "

Agostinho da Silva

sexta-feira, junho 05, 2009

quinta-feira, junho 04, 2009

O sangue de uma girândola de trevas
Derramou a esperança num deus de plástico,
Que edificasse o trono da mais pura
Ausência, rasgada pelos palhaços - espaços
Dos mecanismos desfigurados.


Fernando Botto Semedo

The Time








"Existe um lugar onde o tempo se queda imóvel. As gotas de chuva detêm-se no ar. Os pêndulos dos relógios ficam suspensos a meio do curso. Os cães, de focinho erguido, uivam em silêncio. Os transeuntes ficam no meio da rua, paralisados, como se tivessem as pernas presas por cordéis."
lightman, in Os Sonhos de Einstein

terça-feira, junho 02, 2009

Tertúlia Cultural Poesis











20 anos
















No próximo dia 13 de Junho
Tertúlia Cultural POESIS, pelas 21h30
na casa da Cultura de Paranhos, Lg. Do Campo Lindo





Com a Presença do Insigne autor, Júlio Couto

Não falte

segunda-feira, junho 01, 2009

A Montanha Mágica, um livro, um monstro literário, uma forma pura inominável da literatura, a ler ou reler.

Serralves recebeu 86 mil pessoas


Um evento cultural que vai marcando uma cidade e sua região de modo significativo.