Rosa. Rosa do mundo.
Queimada.
Suja de tanta palavra.
Primeiro orvalho sobre o rosto.
Que foi pétala
a pétala lenço de soluços.
Obscena rosa. Repartida.
Amada.
Boca ferida, sopro de ninguém.
Quase nada.
Eugénio de Andrade
O POESIS afirma-se como um Projecto Cultural Total. Um Espaço aberto, desinibido de barreiras disciplinares, visando a promoção de projectos culturais inovadores. Espaço holístico, poético de reconcialiação humana e visão cósmica. POESIA_ ARTE_CIÊNCIA_ESPIRITUALIDADE
domingo, maio 31, 2009
Esta Tarde
Balaustrada de brisa
para apoiar esta tarde
a minha melancolia
Giuseppe Ungaretti, in a Vida de um Homem
para apoiar esta tarde
a minha melancolia
Giuseppe Ungaretti, in a Vida de um Homem
quinta-feira, maio 28, 2009
Derrota
Rosa
Se ainda sabes
como se desfolha uma rosa,
pergunta às suas pétalas
se ao dizer flor
e perfume
dizes o mesmo nome.
Porque, se o não sabes,
é do amor que falas.
Albano Martins
como se desfolha uma rosa,
pergunta às suas pétalas
se ao dizer flor
e perfume
dizes o mesmo nome.
Porque, se o não sabes,
é do amor que falas.
Albano Martins
" Há quem diga que o melhor é não nos aproximarmos do centro do tempo. Apesar de a vida ser uma nave de tristeza, há nobreza em vivê-la por inteiro, e sem tempo não existe vida. Há, porém, outros que discordam, que preferem a felicidade eterna, mesmo que essa eternidade esteja presa e imobilizada como uma borboleta numa caixa".
Allan Lightman, Os Sonhos de Einstein
quarta-feira, maio 27, 2009
terça-feira, maio 26, 2009
quarta-feira, maio 20, 2009
Inauguração da Biblioteca - Casa da Cultura de paranhos
domingo, maio 17, 2009
Rio Douro
Radical
A interrogação é uma partilha sobre um devir que se dúvida, sobre valores que são fortes e que nos interpelam as opções, pelo meio fica tudo submerso, a identidade e a verticalidade, a emoção e todo um mundo de factos aonde parece que a voracidade nos conduz. O que restará de tudo, projecto, utopia, amor próprio ou alheio, ou apenas a provação de um caminho que é iniciação e vida, ressurreição e morte. Ou o labor da inspiração que nos conduz a um novo designio, a um tempo verbal oposto.
O Bairro dos Livros no Porto
Numa zona que parte dos Clérigos, rua das carmelitas, passando por carlos alberto e mártires da liberdade, existe um autêntico "bairro dos livros" ( a que poderiamos juntar as artes visuais com miguel bombarda), de onde ressaltam os vários alfarrabistas e a Lello, ex libris das livrarias portuguesas, além da Latina, da famosa Leitura, etc, num total de 24 livrarias (um espanto). Falta apenas rentabilizar um espaço provavelmente único em Portugal, haja vontade!
Vale a pena circular por este bairro dos livros, pelo menos regularmente faço essa viagem intelectual e citadina...
quinta-feira, maio 14, 2009
Livros: "os passos da cruz" - Nuno Júdice
Um dos mais importantes nomes da literatura portuguesa contemporânea.
«Não confundas a vida com o teatro, dissera-me Rosa; e eu ouvia as mesmas palavras na boca da historiadora ao dizer-me que não devia confundir o que nasce da investigação histórica com o que realmente se passou, numa determinada época. A história do passado, somos nós que a fazemos, e não os seus protagonistas; e eu pensava nisto como se fosse uma aberração, pondo em causa todos os livros que lemos e por onde estudámos a evolução do mundo e das sociedades.Seria tudo uma pura ficção? Então, disse-lhe, a verdadeira história está nos romances, porque aí é onde o homem projecta a sua realidade, entre o que viveu e o que sonhou, sem qualquer preocupação de construir uma cena dominada pela verosimilhança que os acontecimentos conferem ao que se escreve.»
segunda-feira, maio 11, 2009
Thiago Mello - Poeta do Amazonas
«Mas dito seja, de uma vez por todas,
que nada faço por literatura,
que nada tenho a ver com a história,
mesmo concisa, das letras brasileiras.
Meu compromisso é com a vida do homem,
a quem trato de servir
com a arte do poema. (...)
Não basta ser bom de ofício.
Sem amor não se faz arte.
Trabalho que nem um mouro,
estou sempre começando.
Tudo dou, de ombros e braços,
e muito de coração,
na sombra da antemanhã,
empurrando o batelão
para o destino das águas.
A couraça das palavras
protege o nosso silêncio
e esconde aquilo que somos.
Que importa falarmos tanto?
Apenas [nos] repetiremos.
Ademais, nem são palavras.
Sons vazios de mensagem,
são como a fria mortalha
do cotidiano morto. (...)
Muitos verões se sucedem:
o tempo madura os frutos,
branqueia nossos cabelos.
Mas o homem noturno espera
a aurora da nossa boca.
Se mãos estranhas romperem
a veste que nos esconde,
acharão uma verdade
em forma não revelável.
(E os homens têm olhos sujos,
não podem ver através.)
Mas um dia chegará
em que a oferenda dos deuses,
dada em forma de silêncio,
em palavra transformaremos.
E se porventura a dermos
ao mundo, tal como a flor
que se oferta - humilde e pura - ,
teremos então cumprido
a missão que é dada ao poeta.
E como são onda e mar,
seremos palavra e homem.»
Thiago de Mello
que nada faço por literatura,
que nada tenho a ver com a história,
mesmo concisa, das letras brasileiras.
Meu compromisso é com a vida do homem,
a quem trato de servir
com a arte do poema. (...)
Não basta ser bom de ofício.
Sem amor não se faz arte.
Trabalho que nem um mouro,
estou sempre começando.
Tudo dou, de ombros e braços,
e muito de coração,
na sombra da antemanhã,
empurrando o batelão
para o destino das águas.
A couraça das palavras
protege o nosso silêncio
e esconde aquilo que somos.
Que importa falarmos tanto?
Apenas [nos] repetiremos.
Ademais, nem são palavras.
Sons vazios de mensagem,
são como a fria mortalha
do cotidiano morto. (...)
Muitos verões se sucedem:
o tempo madura os frutos,
branqueia nossos cabelos.
Mas o homem noturno espera
a aurora da nossa boca.
Se mãos estranhas romperem
a veste que nos esconde,
acharão uma verdade
em forma não revelável.
(E os homens têm olhos sujos,
não podem ver através.)
Mas um dia chegará
em que a oferenda dos deuses,
dada em forma de silêncio,
em palavra transformaremos.
E se porventura a dermos
ao mundo, tal como a flor
que se oferta - humilde e pura - ,
teremos então cumprido
a missão que é dada ao poeta.
E como são onda e mar,
seremos palavra e homem.»
Thiago de Mello
Manus Capital da Amazónia
Manaus é uma cidade brasileira, capital do estado do Amazonas e principal centro financeiro da região norte do Brasil [9]. Situa-se na confluência dos rios Negro e Solimões. É a cidade mais populosa da Amazônia, de acordo com as estatísticas do IBGE e bem conhecida pelo ecoturismo. Manaus pertence a mesorregião do Centro Amazonense e a microrregião de Manaus. É localizada no extremo norte do país, a 1932 quilômetros da capital federal, Brasília.
Fundada em 1669 com o forte de São José do Rio Negro. Foi elevada a vila em 1832 com o nome de Manaus, que significa "mãe dos deuses", em homenagem à nação indígena dos Manaós, sendo legalmente transformada em cidade no dia 24 de outubro de 1848 com o nome de Cidade da Barra do Rio Negro. Somente em 4 de setembro de 1856 voltou a ter seu nome atual.
Ficou conhecida no começo do século XX, na época áurea da borracha. Nessa época foi batizada como Coração da Amazônia e Cidade da Floresta. Atualmente seu principal motor econômico é o Pólo Industrial de Manaus, em grande parte responsável pelo fato de a cidade deter o 7º maior PIB do país, atualmente.[10]
Sétima cidade mais rica do Brasil [11], a cidade possui a segunda maior região metropolitana do norte do país, e a décima segunda do Brasil, com 2.006.870 habitantes (IBGE/2008).[12][2] Na capital amazonense residem atualmente (2008) 1,71 milhão de pessoas, sendo a oitava cidade mais populosa do Brasil de acordo com dados do IBGE. A cidade aumentou gradativamente a sua participação no PIB brasileiro nos últimos anos, passando a responder por 1,4% da economia do país e abriga a primeira universidade do Brasil, a Universidade Federal do Amazonas fundada em 1909 [13]. Representa sozinha 49,9% da população do Amazonas e 10,89% da população de toda a Região Norte do Brasil.
Fundada em 1669 com o forte de São José do Rio Negro. Foi elevada a vila em 1832 com o nome de Manaus, que significa "mãe dos deuses", em homenagem à nação indígena dos Manaós, sendo legalmente transformada em cidade no dia 24 de outubro de 1848 com o nome de Cidade da Barra do Rio Negro. Somente em 4 de setembro de 1856 voltou a ter seu nome atual.
Ficou conhecida no começo do século XX, na época áurea da borracha. Nessa época foi batizada como Coração da Amazônia e Cidade da Floresta. Atualmente seu principal motor econômico é o Pólo Industrial de Manaus, em grande parte responsável pelo fato de a cidade deter o 7º maior PIB do país, atualmente.[10]
Sétima cidade mais rica do Brasil [11], a cidade possui a segunda maior região metropolitana do norte do país, e a décima segunda do Brasil, com 2.006.870 habitantes (IBGE/2008).[12][2] Na capital amazonense residem atualmente (2008) 1,71 milhão de pessoas, sendo a oitava cidade mais populosa do Brasil de acordo com dados do IBGE. A cidade aumentou gradativamente a sua participação no PIB brasileiro nos últimos anos, passando a responder por 1,4% da economia do país e abriga a primeira universidade do Brasil, a Universidade Federal do Amazonas fundada em 1909 [13]. Representa sozinha 49,9% da população do Amazonas e 10,89% da população de toda a Região Norte do Brasil.
Estar Cansado e Esperar
Estar cansado
E esperar por um corpo
Chamado árvore
Desse gigante Adamastor
Que passeia em
Seu alarde
Estar cansado e desesperar
Pelo fim de tarde
Desse amor à beira-mar
Da cavaqueira inútil
E desbravada
Do mundo raiz
Do pensamento
Estar cansado
E desesperar
Plo romance que nunca vem
Por ti barco sem
Nome tristeza de ninguém
Por ti Alhambra da alma
Em cujo desassossego teimo
Não adormecer.
- autor desconhecido -
E esperar por um corpo
Chamado árvore
Desse gigante Adamastor
Que passeia em
Seu alarde
Estar cansado e desesperar
Pelo fim de tarde
Desse amor à beira-mar
Da cavaqueira inútil
E desbravada
Do mundo raiz
Do pensamento
Estar cansado
E desesperar
Plo romance que nunca vem
Por ti barco sem
Nome tristeza de ninguém
Por ti Alhambra da alma
Em cujo desassossego teimo
Não adormecer.
- autor desconhecido -
sábado, maio 09, 2009
terça-feira, maio 05, 2009
sexta-feira, maio 01, 2009
CONDECORAÇÃO A FERNANDO PEIXOTO
No Dia 25 de Abril, pelas 10.30, no Pavilhão Municipal, junto ao Parque da Lavandeira em Vila Nova de Gaia, Fernando Peixoto foi condecorado a título póstumo com a medalha de Mérito Municipal Classe Ouro,por militância cívica.
No Dia 25 de Abril, pelas 10.30, no Pavilhão Municipal, junto ao Parque da Lavandeira em Vila Nova de Gaia, Fernando Peixoto foi condecorado a título póstumo com a medalha de Mérito Municipal Classe Ouro,por militância cívica.
Nunca será de mais a quem tanto engenho pôs no mundo!
" Uma terceira opção que poderíamos situar na passagem do Modernismo para o Pós-Modernismo diria respeito à substituição de um espírito de vanguarda por um sentido totalmente diferente, o do revivalismo. Daí as citações, o intencional regresso às formas historicamente definidas, o ecletismo, a convocação de estilos políticamente diversificados e entrosados que hão-de permitir que se fale de um novo-romantismo - apesar de, paradoxalmente, estar o Romantismo na génese da modernidade -, de novo-simbolismo, de novo-expressionismo, de novo-surrealismo abjeccionista, etc., para não falarmos antes de uma figura que poderá ser comum a todas estas formas de revival e que é precisamente a da paródia ou da ironia"
Fernando Guimarães, in " A Poesia Contemporânea Portuguesa e o Fim da Modernidade"
Fernando Guimarães, in " A Poesia Contemporânea Portuguesa e o Fim da Modernidade"
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