"Olhar para aqueles que são os “mais altos” responsáveis
políticos do país e ver nos seus gestos, discursos e pensamentos qualquer
sombra de verdadeiro sentido de solidariedade social, altruísmo ou vontade de
tornar a vida dos que pretensamente representam autenticamente melhor é quase
tão difícil actualmente como encontrar água na aridez do deserto.
Nos intentos, planos e propósitos das principais máquinas
partidárias, e dos seus tecnocratazecos engravatados não há senão ganância,
egoísmo, uma cada vez maior ausência de escrúpulos e sobretudo uma genética
propensão para a protecção das prerrogativas de uma elite muito restrita, que
objectivamente tem de facto uma poderosa capacidade de influência e decisão na
vida de milhões de pessoas.
Acreditar que do interior deste sistema podre poderá vir a
mudança (sobretudo de valores), o humanismo, o bem-estar social e ambiental é a
mesma crença ignorante da ovelha levada para o matadouro mas que até ao último
momento está convicta de que aquela mão e o cajado que a conduzem mais não
querem do que o seu bem estar e segurança. É essa mesma crença a de milhões de
pessoas que acreditam ainda neste sistema ou desacreditam de forma
inconsequente. Só uma determinação autêntica e activa pela criação, busca e
experimentação de sistemas alternativos, pela oposição e rejeição convicta
deste sistema partidocrático, poderá deixar em aberto a perspectiva de uma
sociedade verdadeiramente fraterna e igualitária. Mais do que nunca a palavra
“revolução” urge tornar acção e realidade. E a primeira e mais prioritária
revolução é aquela que urge fazer acontecer no coração e pensamento de cada
mulher e homem que aspiram a uma autêntica liberdade e fraternidade para todos
os seres. "Pedro Jorge Pereira , Ecotopia
ecotopia2012@gmail.com \ sarda@riseup.net (int)
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