1995:
A. André
Em Outras margens
I
Hoje nos nús encontro cadáveres
dançantes - cada instante é morte
creio no riso quase morto
tentp negar o espanto perante a comédia
réstea de diferença ignorância
neste social que lentamente mata
rasgando atitudes perante a morte
fictícia deslumbrante e maldita
nasce a ocasião de estar
onde nunca hei-de chegar
Rir dos mortos - talvez seja loucura
o sonhar as imagens que correm
descontroladas que se desencontram
No clímax uma só imagem
deserta tenta sentir na escuridão
entristecida na coragem chega o dia
a luz sempre bendita
para alguns para mim maldita
Clamando a grande reviravolta
desprezando o desejo do dia e à noite
são entoados cânticos à venerável
num ritual alegre - balada do não ser
Fografando a medusa da hipocrisia
que é vencedora nos ossos do ofício
de existir alguém concentra a dor
Entretenham-se nesta ousadia louca
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