sexta-feira, janeiro 02, 2009

1989 - 2009 20 anos de POESIS



1995:

A. André

Em Outras margens

I

Hoje nos nús encontro cadáveres

dançantes - cada instante é morte

creio no riso quase morto

tentp negar o espanto perante a comédia

réstea de diferença ignorância

neste social que lentamente mata

rasgando atitudes perante a morte

fictícia deslumbrante e maldita

nasce a ocasião de estar

onde nunca hei-de chegar

Rir dos mortos - talvez seja loucura

o sonhar as imagens que correm

descontroladas que se desencontram

No clímax uma só imagem

deserta tenta sentir na escuridão

entristecida na coragem chega o dia

a luz sempre bendita

para alguns para mim maldita

Clamando a grande reviravolta

desprezando o desejo do dia e à noite

são entoados cânticos à venerável

num ritual alegre - balada do não ser

Fografando a medusa da hipocrisia

que é vencedora nos ossos do ofício

de existir alguém concentra a dor

Entretenham-se nesta ousadia louca

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