quarta-feira, abril 22, 2009

O AMOR

Não há para mim outro amor nem tardes limpas
A minha própria vida a desertei
Só existe o teu rosto geometria
Clara que sem descanso esculpirei.

E noite onde sem fim me afundarei.



Sofhia de Mello Breyner Andresen, in O Cristo Cigano

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