segunda-feira, fevereiro 11, 2008

poems






I


Um pranto. Uma pena. Um poeta.
E choramos, nunca tanto,
por quem ousa
intenta libertar-nos
do que nos resta.





II


O som do caminho
passa
e nós com ele
a arrastarmos a vida baça.





III


Há rumores...
Um tempo de medo e cobardia.
Afia soldado, afia, teu cabo e espada
cordel como lança e cabelos
ao vento na crina
aguardam o seu tempo.
Há rumores soldado... sobre
o teu rosto limpo, por quem
os cobardes suspiram a medo.




IV

Os teus olhos reflectem
os dedos afagando-se
em segredo.

A medo o corpo
entreabre a blusa
um suspiro
antes do seu degredo.

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